sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Estudantes voltam a gritar "Aulas já"

Hoje pela manhã estudantes do IFPA Campus Castanhal fecharam outra vez o portão de entrada do Instituto, tocando fogo em pneus e levantando faixas exigindo o retorno das aulas, impedindo a entrada de veículos (os servidores puderam entrar, mas a pé).

A greve já completa dois meses e as negociações entre Sinasefe e Governo não caminham a contento. A revolta dos estudantes é devido terem feito suas reinvidicações pelo retorno das aulas desde o dia 30 de setembro passado (ver postagem do dia 30 de setembro), sendo que mesmo depois de fazer essas reclamações na reunião que o Sinasefe promoveu com os servidores aqui do campus, na referida data, até agora não tiveram nenhuma sinalização sobre encaminhamentos que respondessem aos anseios da comunidade estudantil.

Mais do legítimo a reclamação dos estudantes pelo retorno de seu direito à educação, que lhes está suspenso e ainda sem previsão de retorno. No entanto, a bem da verdade, a manifestação acaba afetando a rotina dos servidores que estão trabalhando normalmente, e não dos servidores que não estão vindo para o campus (que é o problema). Esta greve, que desde o princípio foi defendida como uma greve de ocupação, com atividades de formação política no campus, na verdade não tem promovido quase evento algum, salvo poucas exceções. E o resultado disso é que estão no campus uma parte dos servidores que são responsáveis por projetos, setores e atividades essenciais que não podem ser interrompidas. Uma boa parte dos demais não aparece por aqui e praticamente descansa em suas casas, ou aproveita para resolver assuntos particulares. E essa tem sido uma crítica contundente dos estudantes. Outro dia ouvi de um professor da rede estadual, que também está em greve (embora há bem menos tempo do que os Institutos Federais), a seguinte frase: "oh, coisa boa é estar de greve. A gente não trabalha e ganha tudo direitinho". Sem querer desmerecer as reinvidicações mais do que legítimas dos servidores dos Institutos Federais de todo o Brasil (categoria da qual também faço parte), infelizmente esse é o retrato do que está acontecendo aqui no campus. Mas, no final das contas, os gritos dos estudantes, categoria que mais sofre em meio a esse impasse, acaba sendo ouvido somente por aqueles que permanecem no campus, e não o contrário.

Segundo as últimas informações que nos foram passadas, a greve é certa até o dia 22 de outubro, ocasião da 106ª PLENA nacional que decidirá (novamente) os rumos da greve.

Um comentário:

  1. pelo geito essa greve ainda vai continuar..
    pois se nao forem aceitas as reivindicações, os servidores nao vão acabar com a greve...
    fazendo com que tenha cido em perda de tempo essa greve..
    axo ki as aulas inda vão demorar..pelo geito.

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