sexta-feira, 4 de junho de 2010

TURMA DO PROEJA DO 2º ANO ESTÁ VOLTANDO DO TEMPO COMUNIDADE

Na próxima segunda-feira, dia 07/06/10, os estudantes do Programa de Educação de Jovens e Adultos - PROEJA, do 2º ano, turma B, estarão retornando do tempo comunidade para o início de mais um tempo escola no IFPA Campus Castanhal.

A quem não está ainda familiarizado com essas denominações, elas dizem respeito à Pedagogia da Alternância, proposta pedagógica que vem sendo utilizada como alternativa para a Educação do Campo, respeitando as especificidades dos estudantes oriundos do meio rural. No tempo escola, os estudantes, a partir de suas experiências e bagagens de vida, entram em contato com o conhecimento científico. No tempo comunidade, eles são responsáveis pela realização de atividades e pesquisas junto às suas comunidades de origem, procurando comparar / aplicar os conhecimentos adquiridos na escola com os provenientes do senso comum e da sabedoria popular. Ao voltar ao tempo escola, eles socializam as experiências vivenciadas no tempo comunidade, em um processo de permanente retroalimentação. Além da turma do PROEJA 2ª D, temos ainda uma turma de PROEJA formada por estudantes oriundos de comunidades quilombolas, que iniciaram seus estudos neste campus este ano. E já tivemos uma turma formada através da Pedagogia da Alternância, que foi a turma do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária - PRONERA.
Tive a oportunidade de acompanhar uma apresentação da 2ª D, quando vieram do último tempo comunidade, na aula do professor Manoel Damasceno, de Suinocultura, e a convite do mesmo. O que se viu foi uma riqueza de vivências e informações que os estudantes (todos provenientes do Programa Saberes da Terra e filhos de pequenos agricultores) socializaram com entusiamo e empolgação. As experiências haviam sido realizadas com alguns produtores que possuíam suinoculturas, com realidades bem diferentes entre si, gerando uma discussão muito produtiva dos estudantes com o professor. Além de mim, estiveram presentes na atividade a pedagoga Damiana Barros do Nascimentos e o Coordenador da CGE, Nery.

Esperamos nova socialização dos saberes que estes estudantes estão trazendo de suas vivências em suas comunidades. A experiência tem sido muito rica para os estudantes, comunidades de origem e, é claro, para o IFPA. E a tendência, seguindo a política do campus de proporcionar uma educação afirmativa para grupos historicamente desrespeitados em suas singularidades ou mesmo excluídos do processo de ensino e aprendizagem estatal, é que experiências educacionais com base na Pedagogia da Alternância cresçam no Campus Castanhal.

E que venha o PROEJA Índigena!

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